Amanda Silva'

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Guarde o que foi bom. Jogue fora o que restou.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Eu '

Não adianta. Não faço o tipo ‘menina forte’ que topa qualquer coisa, que engole sapos calada, que ignora o que sente, que finge que está tudo bem. Não faço o tipo que passa por cima dos outros pra chegar onde quero. Quer saber? Faço o tipo menininha boba, que ainda acredita em destino, em história de amor, em príncipe que vem me salvar. Faço o tipo que espera o amor de verdade, um amor literário. Cheguei no meu limite. Não posso ir mais longe com essa história. Fico angustiada, fico louca. resolvo tudo, resolvo já. Jogo tudo no vento, abandono a certeza de uma paixão bem disposta e saudável pela incerteza de um futuro meio cinza. Troco o sorriso que vinha fácil, o abraço que aquecia e o beijo demorado pelas tardes sentada na varanda dos meus pensamentos, perdida. Perdida nas memórias, perdida nas expectativas. Só porque sou duas, sou metades que não se completam, sou peças que não se encaixam. Porque quero e não quero. Porque estou feliz e ainda assim, choro. Porque sou preto no branco e desejo ser cor. Estou enchendo a mala da minha vida com histórias inacabadas, amores mal resolvidos, com promessas que jamais se cumprirão. Esse é o preço que se paga por ser eu, por aceitar quem sou e por colocar todas as minhas vontades nos ombros e seguir caminhando, na esperança de um dia ser melhor, de me entender melhor. Autora: Jhesse Machado

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